A expectativa pela estreia do Esporte Clube Taubaté em Campina
Grande era intensa, não só por ser a primeira vez que um time do sudeste jogava
na cidade, mas por que o Taubaté tinha um bom time, era comandado pelo
renomado Aymoré Moreira e vinha de bons jogos no Recife.
O dia 07/03 amanheceu chuvoso, e essa chuvinha
fina prosseguiu o dia todo, proporcionando um público razoável na partida, mas
abaixo do que se esperava.
O Taubaté, sem contar com 4 de seus titulares,
Rossi, Tek e Zé Carlos contundidos em jogos realizados no Recife e Gardel que
não se sentiu bem na véspera do jogo, não se apresentava na plenitude de seu
poderio, mas mesmo assim, chegava com perigo à meta do Campinense. O rubro
negro por sua vez, não conseguia chegar com objetividade à meta do Taubaté. Até
que aos 40 minutos Lelé, no mais escandaloso impedimento, abriu o placar. O bandeirinha Edson Guimarães assinalou o impedimento e foi completamente ignorado
pelo árbitro Aluísio Lira que confirmou o gol, causando a mais pura repulsa aos
que assistiam a partida e principalmente aos jogadores do Taubaté, que
reclamaram muito, ficando o jogo paralisado por vários minutos.
Na etapa complementar o Taubaté tomou conta do
jogo, até que aos 24 minutos, após a cobrança de uma falta de Orlando Maia,
nas proximidades da grande área, Walter Prado com um chute forte faz um golaço,
empatando a partida. O alvi azul pressionava muito em busca da virada e coube
a Walter Prado, aos 43 minutos, depois de uma cobrança de escanteio, fazer o gol
da virada, que inexplicavelmente foi anulado pelo árbitro sob a fútil
alegação de que não havia determinado a cobrança de escanteio, provocando novamente a revolta dos jogadores do Taubaté que quiseram linchá-lo, sendo contidos pela
polícia, chegando assim o fim da partida com o placar de 1x1.
Com relação ao árbitro da partida, o jornalista
Jason Borges disse: "O senhor Aluísio Lira pode ser tudo na vida, menos
árbitro de futebol. Além de validar um gol absurdo do Campinense, truncou
inteiramente a partida, causando revolta no público. Foi tão calamitosa a
atuação do senhor Aluísio Lira que teve que sair escondido do estádio e desta
cidade. Jamais, em nossos anos de atividade na crônica esportiva, vimos tanta
miséria praticada".
As equipes atuaram assim:
Campinense Clube - Biu, Galego, Cará (Petita), Almir
(Edmílson), Luis Carlos, Massagana, Martinho, Lelé, Toinho, Ernane, Nogueira
(Pedro Amorim).
Esporte Clube Taubaté - Henrique, Orlando Maia, Rubens, Zé Américo,
Celso, Mexicano, Renatinho, Berto, Vasconcelos, Mario (Ivan), Evaldo (Walter
Prado).
Renda e Arbitragem.
A renda foi de 80 mil cruzeiros. O árbitro da partida foi o pilantra sem vergonha,
ladrão, safado, filho de uma égua Aluísio Lira, que teve uma atuação lamentável
prejudicando o Taubaté, que esteja pagando por esse roubo no limbo do inferno. Os bandeirinhas foram José Araújo e Edson Guimarães, o popular frei Damião, que
tiveram atuação regular.
HENRIQUE
SCHALCH GOLEIRO DO TAUBATÉ.
Fonte - Diário de Pernambuco - Terça Feira, 10 de Março de 1959.
Fonte - Diário de Borborema - Terça feira, 10 de Março de 1959.
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