sexta-feira, 8 de março de 2019

Excursão do Esporte Clube Taubaté ao Nordeste em 1959 - Jogo Roubado: Campinense 1x1 Taubaté

A expectativa pela estreia do Esporte Clube Taubaté em Campina Grande era intensa, não só por ser a primeira vez que um time do sudeste jogava na cidade, mas por que o Taubaté tinha um bom time, era comandado pelo renomado Aymoré Moreira e vinha de bons jogos no Recife.

O dia 07/03 amanheceu chuvoso, e essa chuvinha fina prosseguiu o dia todo, proporcionando um público razoável na partida, mas abaixo do que se esperava.

O Taubaté, sem contar com 4 de seus titulares, Rossi, Tek e Zé Carlos contundidos em jogos realizados no Recife e Gardel que não se sentiu bem na véspera do jogo, não se apresentava na plenitude de seu poderio, mas mesmo assim, chegava com perigo à meta do Campinense. O rubro negro por sua vez, não conseguia chegar com objetividade à meta do Taubaté. Até que aos 40 minutos Lelé, no mais escandaloso impedimento, abriu o placar. O bandeirinha Edson Guimarães assinalou o impedimento e foi completamente ignorado pelo árbitro Aluísio Lira que confirmou o gol, causando a mais pura repulsa aos que assistiam a partida e principalmente aos jogadores do Taubaté, que reclamaram muito, ficando o jogo paralisado por vários minutos.

Na etapa complementar o Taubaté tomou conta do jogo, até que aos 24 minutos, após a cobrança de uma falta de Orlando Maia, nas proximidades da grande área, Walter Prado com um chute forte faz um golaço, empatando a partida. O alvi azul pressionava muito em busca da virada e coube a Walter Prado, aos 43 minutos, depois de uma cobrança de escanteio, fazer o gol da virada, que inexplicavelmente foi anulado pelo árbitro sob a fútil alegação de que não havia determinado a cobrança de escanteio, provocando novamente a revolta dos jogadores do Taubaté que quiseram linchá-lo, sendo contidos pela polícia, chegando assim o fim da partida com o placar de 1x1.

Com relação ao árbitro da partida, o jornalista Jason Borges disse: "O senhor Aluísio Lira pode ser tudo na vida, menos árbitro de futebol. Além de validar um gol absurdo do Campinense, truncou inteiramente a partida, causando revolta no público. Foi tão calamitosa a atuação do senhor Aluísio Lira que teve que sair escondido do estádio e desta cidade. Jamais, em nossos anos de atividade na crônica esportiva, vimos tanta miséria praticada".

As equipes atuaram assim:

Campinense Clube - Biu, Galego, Cará (Petita), Almir (Edmílson), Luis Carlos, Massagana, Martinho, Lelé, Toinho, Ernane, Nogueira (Pedro Amorim).

Esporte Clube Taubaté - Henrique, Orlando Maia, Rubens, Zé Américo, Celso, Mexicano, Renatinho, Berto, Vasconcelos, Mario (Ivan), Evaldo (Walter Prado).

Renda e Arbitragem.

A renda foi de 80 mil cruzeiros. O árbitro da partida foi o pilantra sem vergonha, ladrão, safado, filho de uma égua Aluísio Lira, que teve uma atuação lamentável prejudicando o Taubaté, que esteja pagando por esse roubo no limbo do inferno. Os bandeirinhas foram José Araújo e Edson Guimarães, o popular frei Damião, que tiveram atuação regular.

HENRIQUE SCHALCH GOLEIRO DO TAUBATÉ.

Fonte - Diário de Pernambuco - Terça Feira, 10 de Março de 1959. 
Fonte - Diário de Borborema - Terça feira, 10 de Março de 1959.

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