segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Excursão do Esporte Clube Taubaté ao Nordeste em 1959 - Náutico 1x2 Taubaté.

A expectativa para o jogo era a melhor possível, o alvi azul vinha de um empate contra o Santa Cruz (1x1) jogando praticamente o jogo todo com um a menos, o alvi rubro vinha de duas vitórias contra Central de Caruaru e contra o campeão potiguar Abc de Natal, ambas por 3x0.

O jogo começou devagar sem qualquer entusiasmo e com jogadas fracas, os dois times não souberam apresentar um futebol vistoso e nem produtivo. Enquanto o Náutico um pouco melhor, pecava pela falta de objetividade nos ataques a meta do goleiro Henrique, visto que a defensiva do Taubaté não se mostrava como no jogo anterior, coesa e uniforme. Pelo lado do Taubaté cometiam o mesmo erro, sem finalizar as jogadas a porta da meta do goleiro Waldemar. As duas equipes produziram durante os 45 minutos iniciais, um jogo mais de meia cancha e bolas pelo alto.

Dentro desse baixo nível técnico o primeiro tempo se arrastou, deixando a impressão que na etapa complementar nada mudaria.

O segundo tempo foi bem melhor e mais movimentado, com Taubaté tomando conta do jogo, tanto assim que depois dos 10 minutos de muita pressão, abriu o placar, por intermédio de Berto, em um ataque bem conduzido pela direita, minutos depois o mesmo Berto ampliou o placar. Com 0x2, parecia definido a vitória do Taubaté, mas da metade para o final viu-se que o Timbu aos poucos estava reagindo, até que aos 31 minutos a diferença estava diminuída com um gol de Elias, após um bate e rebate na área do alvi azul e boa defesa de Henrique, que foi afinal, vencido.

Sentiu-se então que o jogo esquentaria e disciplinarmente da mesma forma, porque já a partir do segundo gol do Taubaté, o goleiro Waldemar não conformado, reclamou do árbitro, gerando um desentendimento no meio do gramado. 

Já nos minutos finais quando Náutico buscava a todo custo o empate, Berto que vinha sendo caçado em campo pelo zagueiro Lula (não com muito sucesso, pois já tinha feito dois gols), foi estupidamente agredido com dois socos no rosto. O árbitro Argemiro Felix, puniu Lula com a expulsão de campo, a conselho do bandeirinha também expulsou Berto, um absurdo, já que o atacante foi agredido e não o agressor.

Nesse clima de intolerância, mostrando-se o árbitro meio condescendente, o jogo continuou, com entradas violentas de ambos os lados e algumas trocas de empurrões entre os jogadores, sem mais ninguém ser expulso, chegando assim de forma tensa ao fim da partida, 1x2 para o Taubaté, que inegavelmente mereceu a vitória, pois jogou bem melhor na fase complementar, demonstrando maior capacidade técnica.

Os jogadores do Taubaté foram premiados pela diretoria do clube com 350 mil cruzeiros pela vitória, o bicho foi pago nos vestiários, logo após a partida.

As equipes atuaram assim:

Náutico - Waldemar, Caiçara (Miguel e posteriormente Givanildo), Lula, Mangaba (Gilson), Zequinha, Givaldo (Helminton), Mario, Geraldo (Paulo), Airto, Nado e Elias.


Taubaté - Henrique, Orlando Maia, Rubens, Gardel (Zé Américo), Celso, Zé Carlos, Renatinho, Mario, Tek (Berto), Vasconcelos (Walter Prado) e Evaldo.

Renda e Arbitragem

A renda somou a importância de 65.540 cruzeiros, diferente do que foi do jogo contra o Santa Cruz o público não foi tão expressivo. Na arbitragem esteve Argemiro Felix Sena (Sherlock) os bandeirinhas foram Anísio Morgado e Vanildo de Oliveira, o trio teve um trabalho não muito aceitável, errando grosseiramente na expulsão de Berto do Taubaté e deixando o jogo ocorrer de maneira violenta na etapa complementar.


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