A expectativa para o jogo era a melhor possível, o alvi azul vinha
de um empate contra o Santa Cruz (1x1) jogando praticamente o jogo todo com um
a menos, o alvi rubro vinha de duas vitórias contra Central de Caruaru e contra o campeão potiguar Abc
de Natal, ambas por 3x0.
O jogo começou devagar sem qualquer entusiasmo e
com jogadas fracas, os dois times não souberam apresentar um futebol vistoso e
nem produtivo. Enquanto o Náutico um pouco melhor, pecava pela falta de
objetividade nos ataques a meta do goleiro Henrique, visto que a defensiva do
Taubaté não se mostrava como no jogo anterior, coesa e uniforme. Pelo lado do
Taubaté cometiam o mesmo erro, sem finalizar as jogadas a porta da meta do goleiro Waldemar. As duas
equipes produziram durante os 45 minutos iniciais, um jogo mais de meia cancha e bolas
pelo alto.
Dentro desse baixo nível técnico o primeiro tempo se
arrastou, deixando a impressão que na etapa complementar nada mudaria.
O segundo tempo foi bem melhor e mais movimentado,
com Taubaté tomando conta do jogo, tanto assim que depois dos 10 minutos de
muita pressão, abriu o placar, por intermédio de Berto, em um ataque bem
conduzido pela direita, minutos depois o mesmo Berto ampliou o placar. Com 0x2, parecia definido a vitória do Taubaté, mas da metade para o final
viu-se que o Timbu aos poucos estava reagindo, até que aos 31 minutos a
diferença estava diminuída com um gol de Elias, após um bate e rebate na área
do alvi azul e boa defesa de Henrique, que foi afinal, vencido.
Sentiu-se então que o jogo esquentaria e
disciplinarmente da mesma forma, porque já a partir do segundo gol do Taubaté,
o goleiro Waldemar não conformado, reclamou do árbitro, gerando um
desentendimento no meio do gramado.
Já nos minutos finais quando Náutico buscava a
todo custo o empate, Berto que vinha sendo
caçado em campo pelo zagueiro Lula (não com muito sucesso, pois já tinha feito dois gols), foi estupidamente agredido com dois socos
no rosto. O árbitro Argemiro Felix, puniu Lula com a expulsão de campo, a
conselho do bandeirinha também expulsou Berto, um absurdo, já que o atacante
foi agredido e não o agressor.
Nesse clima de intolerância, mostrando-se o árbitro meio condescendente, o jogo continuou, com entradas violentas de ambos os lados e
algumas trocas de empurrões entre os jogadores, sem mais ninguém ser expulso,
chegando assim de forma tensa ao fim da partida, 1x2 para o Taubaté, que inegavelmente mereceu
a vitória, pois jogou bem melhor na fase complementar, demonstrando maior
capacidade técnica.
Os jogadores do Taubaté foram premiados pela
diretoria do clube com 350 mil cruzeiros pela vitória, o bicho foi pago nos
vestiários, logo após a partida.
As equipes atuaram assim:
Náutico - Waldemar, Caiçara (Miguel e
posteriormente Givanildo), Lula, Mangaba (Gilson), Zequinha, Givaldo
(Helminton), Mario, Geraldo (Paulo), Airto, Nado e Elias.
Taubaté - Henrique, Orlando Maia, Rubens, Gardel
(Zé Américo), Celso, Zé Carlos, Renatinho, Mario, Tek (Berto), Vasconcelos
(Walter Prado) e Evaldo.
Renda e Arbitragem
A renda somou a importância de 65.540 cruzeiros,
diferente do que foi do jogo contra o Santa Cruz o público não foi tão
expressivo. Na arbitragem esteve Argemiro Felix Sena (Sherlock) os bandeirinhas
foram Anísio Morgado e Vanildo de Oliveira, o trio teve um trabalho não muito
aceitável, errando grosseiramente na expulsão de Berto do Taubaté e deixando o
jogo ocorrer de maneira violenta na etapa complementar.
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